<em>Memória de Adriano</em>

Su­ple­mento do Avante! de­di­cado a Adriano Cor­reia de Oli­veira

Nas tuas mãos to­maste uma gui­tarra
Copo de vinho de ale­gria sã
San­gria de suor e ci­garra
Que à noite canta a festa da manhã

Foste sempre o cantar que não se agarra
O que à Terra chamou amante e irmã
Mas também o por­tu­guês que in­veste a marra
Voz de alaúde e rosto de maçã

O teu co­ração de ouro veio do Douro
num barco de vin­dimas e can­tigas
tão ge­ne­roso como a li­ber­dade.

Resta de ti a ilha de um Te­souro
A jóia com as pe­dras mais an­tigas.
Não é sau­dade, não! É ami­zade.
José Carlos Ary dos Santos


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